Num mercado global de trabalho, as expectativas dos jovens, essencialmente, os licenciados são de procurar além fronteiras uma qualidade de vida que à priori sabem que não irão usufruir em Portugal. O facto da actual conjuntura económica e social assim o impõe.
Esta questão não circunscreve-se só aos jovens licenciados, mas também ao desmantelamento da classe média.
Uma sociedade empobrecida, procura na emigração a solução para a estabilidade financeira, ninguém quer carregar com a "cruz" do empobrecimento.
Retornando à questão inicial dos jovens licenciados, estes quando ingressam no ensino superior uma parte já têm em mente a emigração.
As famílias investem nos estudos dos filhos e em determinados casos por dificuldades económicas das famílias, os jovens procuram um trabalho em part-time para poderem sustentar as propinas.
É neste quadro de incertezas económicas e sociais que, os jovens licenciados procuram no estrangeiro a porta de entrada para o seu sucesso profissional e consequentemente, o seu bem-estar social e pessoal. A perspectiva do trabalho precário sustentada no trabalho de baixos salários, associado ao problema do desemprego leva as famílias a procurarem alternativas. Esta problemática leva a que muitas famílias sigam pela via da emigração.
Esta situação empobrece o país: No caso dos jovens licenciados o país perde a mais-valia do conhecimento e do saber, na questão das famílias estas têm despesas com a educação dos filhos e no fim os beneficiados são os países que os acolhem.
Diz o ditado popular: " Há mais marés do que marinheiros "
A minha opinião
Carlos Sameiro
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